segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Das instituições públicas



Isto de recorrer a qualquer instituição pública é uma certeza de trazer uma qualquer recordação cómica para alegrar o dia de qualquer vulgar cidadão português.

Ele é o chico esperto que se faz de desentendido e tenta passar à frente perante o olhar impávido de todos os outros cidadãos cumpridores da regra de esperar pela sua vez.

Ele é o funcionário que se ausenta para tomar café precisamente na hora de atendimento de determinada pessoa que está à espera à horas, café esse que deve ser tomado a largos quilómetros de distância já que é sempre demorado.

Ele é a funcionária que encontra alguém do seu núcleo de amizades e trava ali mesmo, sem qualquer pudor, uma conversa naturalíssima em que ficamos a saber a vida toda da dita cuja, isto com a maior à vontade como se fosse uma conversa prolongada de café, enquanto outros cidadãos a "largar fumo pelas ventas" esperam perplexos por semelhante ousadia.

Depois há aqueles cidadãos que acham que têm prioridade sobre os outros e afinal são comuns mortais. Para não falar daqueles que realmente têm prioridade e depois alguém decide reclamar mas fica mal na fotografia porque mais valia estar caladinho.

Não esquecer a funcionária com decote até ao umbigo ou excesso de maquilhagem que gosta de dar o ar da sua graça. Ou a funcionária com cara de frete que cumprimentámos com um ar muito feliz e nem resposta recebemos.

Enfim, um série de situações que ajudam a passar o tempo de uma forma mais animada e tornam as nossas instituições públicas menos aborrecidas.


P.S.: Não tenho nada contra funcionários públicos, refiro-me apenas às situações presenciadas pela minha pessoa.


2 comentários:

  1. Sempre passo por coisas assim. o.O
    gostei da forma como escreves! parabéns. um lingo blog! ;))

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